O trabalho desenvolveu-se em torno de um questionamento sobre o conceito de aprendizagem. Tendo como referência de metodologia de trabalho a ideia de exploração do espaço performativo, foi nosso objetivo tornar este processo criativo numa experiência co-presente, em que o espaço coreográfico se torna simultaneamente em experiência dos participantes, dos interpretes e do público.
OMNIA
“Há uma história oriental que nos pode ensinar algo nesta situação. É a de um monge que tem por tarefa levar um mocho mágico, dentro de um saco, de um lado ao outro da cidade. O mocho diz-lhe: vou contar-te algumas histórias acerca da minha vida, actos bárbaros que pratiquei e actos generosos. Sempre que julgares os meus actos eu desapareço e tu és obrigado a começar de novo. Assim foi: o animal contou então uma das suas façanhas medonhas e o monge não resistiu a dizer: isso é mau! Resultado: de imediato o mocho desapareceu do saco e o homem viu-se obrigado a voltar ao ponto de partida, onde o animal mágico o esperava para relembrar: Se me queres não me podes julgar. Falhou mais duas vezes o monge, pois a meio do caminho descuidava-se e, por palavras ou pensamentos, aprovava ou desaprovava as histórias contadas. À quarta tentativa conseguiu, finalmente. Ouviu histórias, do princípio ao fim, e não as julgou. Conseguiu, assim, levar o mocho até ao outro lado da cidade. A aprendizagem terminava.“
Tavares, G.M. ( 2010 ) Histórias Falsas, pag. 49
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Ficha artística e técnica:
Cristina Mendanha - Direção Artística
Gabriela Barros – Coordenação Artística e pedagógica
Carolina Vieira – Produção imagem e Guarda Roupa
Inês Sousa- Produção
Paulo Mesquita- Músico
Catarina Almeida- Vídeo e Registo de imagem
Sérgio Julião- Direção de Som e Luz
Sara Feio- Secretariado
André Ralha- Auxiliar de bastidores
Interpretes:
Companhia Arte Total
Gabriela Barros
Carolina Vieira
Inês Sousa
Bárbara Oliveira
Matilde Barbosa
Maria Inês Faria
Marta Costa
Carolina França
Alunos Arte Total escola