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Flávio Rodrigues

GUELRA

GUELRA

Flávio Rodrigues

Produção  ARTE TOTAL

Realização Catarina Almeida

Direcção Artística Cristina Mendanha

Assistente de Produção Gaby Barros 

Portugal - Braga  2018

18

ANO

Período: 10/12 - 14/12

Apresentação: 14 Dezembro às 22:00

Local: gnration | sala de formação

rúptil | na era dos castigos incorpóreos

 

rúptil | na era dos castigos incorpóreos é um projeto multidisciplinar e de carácter experimental. É estudado com o propósito de ser apresentado em espaços não convencionais, site-specific e capazes de proporcionar relações variáveis e opcionais entre a obra, o perfomer e o público.

Transeunte, contínuo, frequência, acumulação, processo e criação são algumas das palavras e ideias chave, que em si, dão lugar à acção base e primordial deste projeto, o caminhar.

Jean-Jacques Rousseau diz: “caminhar é dar forma, seguir um percurso, modelar com os pés, se o atendermos a concepções mais antigas. Esse andar que faz caminho, vaguear poético, pode ser visto como um passeio, mas também como exploração, como viagem surrealista ou deriva situacionista”.

Dou inicio a este projeto por perscrutar mapas, cartografar, elaborar e planificar destinos. As motivações, as distâncias, as zonas e as durações variam entre cada viagem, saliento a importância das fronteiras, a audácia, zonas célebres e de memória, outros centros, periferia e lugares olvidados.

O registo/documentação acontece tanto de uma forma imperativa como instintiva.

rúptil | na era dos castigos incorpóreos objetiva exactamente isso, que a acção de caminhar desafie e provoque que o performer/criador/caminhante, prossiga (em ato contínuo) registando, respigando, recolhendo, colecionando matérias e materiais que à posterior, em estúdios e/ou em lugares temporários, se apodere das "matérias-primas" e desenvolva uma serie de esculturas essências e basilares da e para a performance.

As esculturas projectam-se como anotações, registros, poéticas de rompimentos de fronteiras, resquícios de uma espécie de cidade fantasma e obsoleta. Mapeamentos. Objetos ritualísticos, brutos. Convocações, alegorias. Manipuláveis, vulneráveis. Construções e idealizações da condição humana. Fragmentos de uma história. Símbolos. Organismos complexos e em constante mutação.

O performer é tempo, acção e espaço. É transeunte. É compositor e maestro. É minucioso, silencioso, e arbitrariamente o nada (o vazio como superação e como desejo). É água (mar).

rúptil | na era dos castigos incorpóreos é um projeto na sua essência processual, nómada e recoletor. Uma ode à beleza do caos que é a nossa existência.

Para além da performance, serão desenvolvidos outros três projetos paralelos, uma paisagem sonora, um livro de autor e um registo de vídeo documental.

 

Flávio Rodrigues

Flávio Rodrigues tem formação em Dança pelo Ginasiano, Balleteatro, Dance Works Rotterdam e pelo Núcleo de Experimentação coreográfica. Frequentou o curso de Intervenção Pública e Criação de Obras Site-specific na Universidade Lusófona.
Desde 2006 que desenvolve os seus projetos, que vão desde performances, filmes, instalações, paisagens sonoras a intervenções públicas.

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